O ex-prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte, 52 anos, perdeu recurso, apresentado ao Tribunal de Justiça do MS, nesta terça-feira (11). Com isso, a condenação dele, por lavagem de dinheiro, na compra de imóveis, fica mantida em quatro anos e seis meses de prisão.

Conforme a advogada dele, Sandra Damasceno, o cliente recorreu da condenação e, ao mesmo tempo, o Ministério Público Estadual, recorreu das absolvições de Gilmar, por outros dez crimes.

Olarte está preso em regime semiaberto, mas em razão de outro processo criminal, que é por corrupção.

A condenação inicial neste caso da lavagem de dinheiro ocorreu em novembro de 2020. A ex-mulher dele, Andreia Zanelato, 50 anos, foi ré no mesmo processo e foi condenada, à época, a quatro anos e três meses em prisão.

Segundo decisão da época, o ex-casal ‘‘Olarte’’ e mais três réus, puderam recorrer em liberdade e assim fizeram. Os outros três envolvidos são um corretor de imóveis e um homem e uma mulher, que seriam testas de ferro de Andreia.

Ainda segundo a advogada do ex-prefeito, ele cumpre prisão no semiaberto, mas conseguiu uma saída temporária e vai curtir alguns dias no restaurante dele, antes de voltar para a cadeia.

Crimes

Para o MPE, que investigou os cinco réus, por meio do Gaeco, a então primeira-dama da Capital, Andreia Olarte, entre 2014 e 2015, comprou imóveis de alto valor, sem ter renda compatível para tal. O ex-casal gastou R$ 2,8 milhões em sinais, entradas e parcelas da compra de imóveis.

A investigação começou em abril de 2016, a partir de notícia de compra de imóvel em Votuporanga e noticia local, que dava conta que Andreia era alvo de cobrança por dever a aquisição de um imóvel de alto padrão em campo grande.

No entanto, a investigação apontou que o montante gasto na aquisição de imóveis (dez em Campo Grande e um em Votuporanga) era claramente incompatível com a renda dos dois. O Gaeco destacou que o dinheiro da compra dos bens provinha de atos de corrupção na prefeitura e que, assim que Olarte foi tirado do cargo, as parcelas pararam de serem pagas. (Topmidia)