Dois deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul estão sem partido e devem permanecer nesta condição até a janela partidária.

Os deputados estaduais Lucas de Lima e Lidio Lopes continuam sem partido político, após desentendimentos nas antigas siglas. Eles não anunciaram e nem devem se filiar a novo partido, pelo menos por enquanto.

Lídio Lopes está livre para escolher outra legenda. Ele deixou o Patriota em dezembro de 2023, quando o partido fez a fusão com o PTB, formando o PRD. O deputado, que é esposo de Adriane Lopes (PP), era aguardado no PP, mas deve ter dificuldade para filiação.

Recentemente, ele ingressou com uma representação contra um dos líderes do partido, Marco Aurélio Santullo, o que deve colocar barreiras em uma eventual filiação.

Lídio fez uma notificação para explicação de um suposto comentário de Santullo em uma foto onde Lídio e Adriane aparecem de cabeça baixa, aparentemente orando.

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Abaixo da imagem que viralizou há meses nos grupos de WhatsApp há um comentário que seria de Santullo, ex-secretário de Adriane: “Vamos orar para vê quem vamos furtar amanhã (SIC)”, diz o comentário.

A notificação azedou ainda mais a relação que já não era nada boa, desde a saída de Santullo da Secretaria de Governo, função que assumiu depois que Adriane se filiou ao PP.

Impedimento judicial

Já Lucas de Lima tem impedimento judicial. Ele deixou o PDT em setembro de 2024, após desentendimento com lideranças, que inclusive lhe retirou da disputa pela Prefeitura de Campo Grande. Depois, se filiou ao PL após liberação conquistada no Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul. Entretanto, o partido recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para reverter a decisão e conseguiu suspender a liberação.

Lucas recorreu da decisão do TSE, mas o processo está travado. Paralelo a isso, a suplente dele, Glaucia Iunes (PDT) ingressou com ação no TRE solicitando a vaga por infidelidade partidária com a troca de sigla.

A situação de Lucas depende de uma decisão do TSE sobre liberação para troca de sigla. O processo está parado após pedido de vistas feito em junho. Se o TSE mantiver a decisão, o TRE julgará o pedido feito por Glaucia que, no final, pode custar o mandato ou absolver o deputado. O PDT não aceita a volta de Lucas e quer o mandato.