O promotor de justiça George Zarour Cezar instaurou um procedimento preparatório para investigar eventual pagamento de gratificações, funções gratificadas, adicionais e demais acréscimos de remuneração aos servidores públicos da Câmara Municipal de Ribas do Rio Pardo.
Segundo a investigação, os pagamentos estariam em descompasso com os princípios e regras inerentes ao regime jurídico-administrativo. Embora o promotor diga que as informações estão disponíveis para consulta, o processo foi colocado sob sigilo, não sendo possível verificar a denúncia com mais detalhes.
Outro caso
Nove, dos 11 vereadores de Ribas na gestão passada são investigados pelo MPE por associação criminosa, corrupção passiva e prevaricação na Operação Tangentopoli. Foram denunciados no caso: Álvaro Andrade dos Santos (PSD), Anderson Arry Januário Guimarães (PSDB), Edervania dos Santos Malta (MDB), Isac Bernardo de Araújo (PTB), Luiz Antônio Fernandes Ribeiro (MDB), Paulo Henrique Pereira da Silva (MDB), Rose Pereira (Psol), Sidinei Fontebasse Ferreira (PSC) e Tiago Gomes de Oliveira (PSDB), todos seguem atuando na Câmara Municipal. Apenas a vereadora Tânia Maria Ferreira Dias (Solidariedade) e o vereador Christoffer Jamesson da Silva (PSC), o “Policial Christoffer”, não foram citados.
Segundo MPE, as investigações do GAECO/MPMS revelaram a existência de uma associação criminosa, formada por vereadores e pessoas a eles ligadas, voltada ao cometimento de corrupção e demais delitos correlatos.
“Em resumo, alguns vereadores, dentro de uma estrutura criminosa já formada, às vezes se valendo de terceiros, solicitavam vantagens indevidas para montarem uma base partidária e aprovarem os projetos de interesse do Prefeito Municipal, no âmbito da Câmara de Ribas do Rio Pardo, inclusive para votarem pelo arquivamento de comissões parlamentares instaladas para apurar eventuais crimes de responsabilidade dele”, diz MPE.