O deputado Marcio Fernandes (MDB), confidenciou para o ex-governador André Puccinelli (MDB) que tem 15 votos em uma possível disputa por vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Por enquanto, não há vagas, mas a possibilidade de abertura agita os bastidores e trouxe Marcio para o páreo, que tinha, até o momento, o ex-chefe da Casa Civil, Sérgio de Paula, como garantido, e o deputado Paulo Corrêa (PSDB) de olho na outra vaga.
Com os 15 votos que diz ter, Marcio Fernandes garante a ida para o Tribunal de Contas. Ele tem um voto a menos do que Paulo Corrêa precisará caso queira ir para o Tribunal de Contas. Pesa contra ele, além da concorrência, o fator idade.
Uma lei aprovada em Mato Grosso do Sul estabelece como limite de idade o mínimo de 30 e o máximo de 65 anos para ser indicado. Corrêa completa 66 em breve e precisaria de oito votos para tramitar o projeto de mudança da lei e 16 para aprova-lo, uma tarefa nada fácil.
Marcio Fernandes já tem voto declarado de alguns deputados, caso de Jamilson Name (PSDB), que já lhe chama de conselheiro. Outros deputados tucanos preferem aguardar os acontecimentos. O deputado Zé Teixeira (PSDB) é mais taxativo: “Vou votar em quem o governo decidir, porque no final é o governador que decide essas coisas”, pontuou.
Indagado sobre votos para o TCE e sobre os 15 votos, o deputado sorriu, pontuando que 15 era o seu número.
Vagas
Por enquanto, não há nenhuma decisão sobre perda de vaga de nenhum dos conselheiros afastados nas investigações da Polícia Federal: Waldir Neves, Iran Coelho e Ronaldo Chadid. Todavia, o afastamento e especulações sobre pedidos de aposentadoria já rondam a Assembleia Legislativa, por onde passam todas as indicações.
Dos três afastados, apenas Waldir Neves pertence ao quadro político. A vaga dele, seguindo o curso normal, pertenceria à Assembleia Legislativa, que tem quatro das sete vagas, seguida por uma de indicação de governador e duas técnicas, ocupadas pelos afastados Iran e Ronaldo.
Seguindo o curso normal, fora das questões jurídicas, a próxima vaga abre em 2025, com a aposentadoria compulsória de Jerson Domingos, mas a briga já começou. A última vaga de indicação de um governador foi dada ao braço direito de André Puccinelli, Osmar Jeronymo. Márcio Monteiro, Flávio Kayatt e o próprio Jerson Domingos foram indicados na vaga de deputado e estavam na Assembleia quando foram promovidos. Apenas Marisa Serrano fugiu da regra, saindo do Senado para o TCE, vencendo, inclusive, um deputado, Antônio Carlos Arroyo, que lutou até o fim, mas foi preterido.
Foto: Yarima Mecchi