A possibilidade de troca de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado (TCE) movimenta os bastidores da Assembleia Legislativa. Por enquanto, três deputados estão de olho nas vagas, que não são muitas, e prometem disputa apertada.
Márcio Fernandes (MDB) e Paulo Corrêa (PSDB) disputam a vaga de indicação da Assembleia, que não precisa necessariamente ser técnica. A dupla tem como concorrente o ex-chefe da Casa Civil de Reinaldo Azambuja, Sérgio de Paula, que já é dado como certo.
No caso de Sérgio, não haverá mudança de cadeiras. Já para os deputados o suplente também deve influenciar a decisão do Governo do Estado, por onde sempre passam as definições, embora as vagas a serem abertas nos próximos anos sejam de autonomia da Assembleia Legislativa.
Nesta briga de suplentes, Paulo Corrêa abriria a vaga para o PSDB, que efetivaria o suplente João Mattogrosso. Na conjuntura atual, com Pedro Caravina (PSDB) licenciado para a secretaria de Governo, o secretário de Cultura, Turismo, Esporte e Cidadania, Marcelo Miranda, ocuparia a vaga como primeiro-suplente.
Márcio Fernandes, que diz ter votos de uma boa parcela dos deputados, tem uma costura mais complicada no quesito suplência. Ele abriria vaga para Dr. Diogo Bossay (MDB), que apoiou Capitão Contar (PRTB) no segundo turno da eleição em Mato Grosso do Sul.
Vaga técnica
Quem também está de olho na vaga no Tribunal de Contas é o deputado Lídio Lopes (Patriota). Servidor de carreira, ele pode ocupar uma das duas vagas técnicas, caso algum conselheiro saia. Neste caso, quem ficaria com a vaga de deputado é o atual secretário de Saúde, Sandro Benites, primeiro-suplente dele.
Por enquanto, não há nenhuma decisão sobre perda de vaga de nenhum dos conselheiros afastados nas investigações da Polícia Federal: Waldir Neves, Iran Coelho e Ronaldo Chadid. Todavia, o afastamento e especulações sobre pedidos de aposentadoria já rondam a Assembleia Legislativa, por onde passam todas as indicações.
Dos três afastados, apenas Waldir Neves pertence ao quadro político. A vaga dele, seguindo o curso normal, pertenceria à Assembleia Legislativa, que tem quatro das sete vagas, seguida por uma de indicação de governador e duas técnicas, ocupadas pelos afastados Iran e Ronaldo.
Seguindo o curso normal, fora das questões jurídicas, a próxima vaga abre em 2025, com a aposentadoria compulsória de Jerson Domingos, mas a briga já começou. A última vaga de indicação de um governador foi dada ao braço direito de André Puccinelli, Osmar Jeronymo. Márcio Monteiro, Flávio Kayatt e o próprio Jerson Domingos foram indicados na vaga de deputado e estavam na Assembleia quando foram promovidos. Apenas Marisa Serrano fugiu da regra, saindo do Senado para o TCE, vencendo, inclusive, um deputado, Antônio Carlos Arroyo, que lutou até o fim, mas foi preterido.