O clima ferveu na reunião da bancada de Mato Grosso do Sul com o presidente da Câmara, Arthur Lira, para cobrar a tramitação da PEC 132, que assegura indenização para os produtores rurais afetados por terras declaradas como indígenas.
A deputada Camila Jara (PT) não gostou nada da reunião e ao final disse que não tiraria foto com o grupo.
O que já era climão virou barraco quando Camila começou a questionar a participação do deputado federal Vander Loubet (PT), mesmo ele sendo coordenador da bancada de Mato Grosso do Sul.
Em tom pouco amigável, Camila chegou a dizer que iria representar contra Vander no conselho de ética do partido, alegando que ele estaria indo contra as diretrizes do partido.
O comportamento da deputada deixou o grupo de Mato Grosso do Sul constrangido, já que foram na tentativa de achar a melhor solução para o problema, que seria desapropriação com indenização das terras.
Camila tem protagonizado cenas curiosas em Brasília. Recentemente, mandou um deputado calar a boca durante participação de Fernando Haddad (PT). “Cala a boca. Deixa ele falar. Sua mãe não te deu educação?”, gritou.
Em outro episódio, serviu suco de uva feito pelo Movimento Sem-Terra (MST) durante a CPI onde o próprio MST é investigado. Em uma das discussões, chegou a ser questionada por uma colega, que aconselhou ela a vender a bolsa importada para ajudar as pessoas mais necessitadas.
A reportagem questionou a deputada sobre o caso e se pretende denunciar o colega ao conselho, mas ainda não recebeu retorno.
Recentemente, Zeca do PT foi fortemente criticado ao se posicionar contrário à ocupação indígena em Rio Brilhante, terra de um dirigente do Partido dos Trabalhadores (PT). No próprio partido, houve quem acusasse o deputado de estar agindo como deputado do centrão e não de esquerda.
PEC
O texto da PEC prevê indenização para produtores rurais prejudicados pela declaração de suas áreas como indígenas e que foram homologadas como tal.
A medida já foi aprovada no Senado e agora precisa ter a votação marcada na Câmara dos Deputados. A caravana de Mato Grosso do Sul entende que a indefinição quanto à análise da Proposta de Emenda abre brechas para políticas públicas que fragilizam territórios e incentiva conflitos, bem como invasões e violência em Mato Grosso do Sul.
A reportagem questionou a deputada sobre o episódio, mas até o momento não recebeu retorno.