A suplente do PT, que toma posse amanhã como deputada em Mato Grosso do Sul, Gleice Jane, inicia o mandato fora da base de sustentação do governador Eduardo Riedel (PSDB) na Assembleia Legislativa.

O PT está na base de sustentação de Riedel, mas a decisão não passou por Gleice, visto que ela não era deputada à época. Sem compromisso com a base, ela afirma que seguirá independente na Assembleia.

“Meu compromisso é com o povo e principalmente com as mulheres. Vou defender a educação, a saúde, a classe trabalhadora, os povos indígenas e quilombolas, LGBTQIA+ e as crianças. Não falei com ninguém a respeito disso. Sigo independente”, assegurou.

Gleice assegura estar pronta para a nova missão, embora se recupere de um problema de saúde. “Apesar da saúde ainda prejudicar o meu corpo, minha mente está muito segura dos nossos desafios”, declarou. Ela anunciou recentemente que foi diagnosticada com a síndrome de Guillain-Barré, uma doença onde o sistema imunológico passa a atacar os nervos que fazem parte do sistema nervoso periférico. A enfermidade tem cura, mas o tratamento pode ser bastante longo.

Se mantiver a posição de independência, ela será a única entre os 24 deputados nesta condição. Dois figuram como oposição, Rafael Tavares (PRTB) e João Henrique (PL), e outros 21 são considerados da base de sustentação, incluindo dois petistas: Kemp e Zeca.

Gleice será a terceira mulher desta legislatura, ao lado de Lia Nogueira (PSDB), também de Dourados, e Mara Caseiro (PSDB). Ela será a primeira mulher do PT a conquistar uma vaga na Assembleia Legislativa.