A Câmara de Maracaju, que já está enrolada em meio a trocas de vereadores e pedido de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito, pode ter nova mudança na composição. Isso porque um dos suplentes que assumiu no lugar dos afastados trocou de partido, o que não é permitido por lei.
Rudimar Oliveira Lautert assumiu uma das oito vagas deixadas por vereadores afastados durante a operação Dark Money. Ele era suplente do MDB, mas trocou de partido, se filiando ao PTB, conforme consta em certidão publicada abaixo.
A legislação eleitoral proíbe a mudança de partido fora da janela partidária, o que pode levar à cassação, já que considera o mandato da proporcional uma conquista partidária e não individual. Agora, cabe ao próximo suplente da lista, Adilson da Farmácia (MDB), recorrer para retornar.
Adilson chegou a assumir o mandato na Câmara por alguns dias, mas saiu depois que um dos afastados, Joãozinho Rocha, também do MDB, conseguiu na Justiça o direito de retornar ao mandato.
Ao afastar os vereadores, a Justiça convocou os suplentes: DANIEL RUIZ, CELIO FRANCO DE OLIVEIRA MDB, VERGINIO DA SILVA, RUDIMAR OLIVEIRA LAUTERT, MARIA DAS GRAÇAS ALVES DE LIMA, NELSON JOSE DOS SANTOS, ODAIR ROBERTO SCHWINN e ROSANE JUNG. Todavia, Virgínio da Silva também estava entre os investigados e não assumiu, garantindo a vaga a Adilson, que perdeu com a volta de Joãozinho.
Atualmente, a Câmara avalia pedido de moradores para abertura de uma CPI para investigar os vereadores afastados. A Câmara de Maracaju tem 13 vereadores e a maioria hoje é ocupada por suplentes, com sete cadeiras. Eles terão poder de voto para abertura ou não da CPI e poderão julgar os afastados, que serão cassados se a CPI julgá-los culpados e os vereadores aprovarem o resultado do trabalho, com pelo menos nove dos 13 votos.
A polícia investiga esquema de corrupção na Prefeitura entre 2019 e 2020. Informações iniciais apontam para desvio de mais de R$ 23 milhões com o esquema que utilizava contas clandestinas em nome da Prefeitura.