O PSDB, que possui a maioria das prefeituras em Mato Grosso do Sul, terá muito enrosco até a definição dos candidatos do partido na próxima eleição, quando serão escolhidos os novos prefeitos das 79 cidades do Estado.

Nos municípios, antes de fazerem alianças, os interessados deverão vencer a briga acirrada dentro do próprio partido. A capital do Estado, Campo Grande, é uma das situações delicadas. O PSDB tem como pré-candidato duas lideranças: deputado federal Beto Pereira e o presidente da Agência de Regulação, Carlos Alberto de Assis. Hoje, Beto lidera esta corrida, mas o partido ainda terá que convencer Assis a sair da briga, sem partir para o enfrentamento, em nova sigla. Pesa para a saída a outro partido o fato de Assis ser diretor da Agems na gestão de Eduardo Riedel.

Em Corumbá a situação ainda é mais complicada. O atual prefeito, Marcelo Iunes, está deixando o cargo, já no segundo mandato, e tenta fazer o sucessor. Ele tem como adversária a ex-deputada federal Bia Cavassa. Eles já foram aliados, sendo Iunes vice do esposo dela, Ruiter Cunha, mas a relação se desgastou e hoje são rivais no Município. Quem também entra neste rolo é o deputado estadual Paulo Duarte. Hoje, ele está no PSB, mas também tem forte ligação com o PSDB, o que pode interferir nesta briga.

Em Dourados a disputa também promete ser acirrada. Hoje o partido tem três deputados interessados em concorrer à prefeitura: deputados estaduais Lia Nogueira e Zé Teixeira, e federal, Geraldo Resende. Lia e Zé nunca disputaram e Geraldo já perdeu uma vez.

Em Dourados o PSDB também tem como aliado o vice-governador Barbosinha, que hoje está no PP, mas também deve participar das discussões. Ele é muito próximo, por exemplo, do deputado Zé Texeira, que inclusive o avalia como preparado para administrar a cidade. Barbosinha perdeu a última eleição para o atual prefeito, Alan Guedes (PP), mesmo com grande apoio de aliados.

O PSDB tem o maior número de prefeitos em Mato Grosso do Sul. Praticamente, metade dos municípios do Estado são comandados por tucanos, totalizando 37. Muitos deles estão no último mandato. É o caso de Ângelo Guerreiro em Três Lagoas, Marcelo Iunes, de Corumbá, João Carlos Krug, Chapadão do Sul e Odilon Ribeiro, em Aquidauana.