Os líderes do MDB de Mato Grosso do Sul se reuniram em Brasília para tentar juntar os cacos após desavenças que reduziram a força do partido no Estado. O encontro serviu para tentar selar a paz entre André Puccinelli e Simone Tebet.
Os dois são as maiores lideranças do partido no Estado e estavam brigados desde que o marido de Simone Tebet, Eduardo Rocha, se licenciou da Assembleia para assumir a Secretaria de Governo de Reinaldo Azambuja, mesmo sabendo que Puccinelli seria candidato. Puccinelli devolveu, não pedindo voto para Simone na presidência.
“Ali existe uma história. É inegável que existiram divergências, mas André foi um grande propulsor da trajetória de Simone. E ela ‘abriu asas e voou’ e hoje é muito importante no partido, principalmente a nível nacional. E existe reconhecimento mútuo e isto ficou claro na reunião de hoje”, explicou o ex-deputado Carlos Marun, que também participou da reunião.
Segundo Marun, não existia guerra, mas divergências que foram tratadas “com sinceridade”, após o MDB terminar a eleição com problemas..
“O MDB saiu machucado desta eleição. Então mais necessária é a superação das divergências internas para que possamos retomar nossa grandeza. Houveram erros de parte a parte. O MDB do MS não se empenhou na campanha de Simone, com poucas excessões, entre as quais eu me incluo. Porém, Eduardo Rocha foi o coordenador de fato da campanha de um dos nossos adversários, que publicamente apoiou Bolsonaro no primeiro e segundo turnos’, pontuou.
O próximo passo agora é retomar a parceria com o PSDB para tentar reconstruir o partido, que já foi o maior do Estado e hoje tem apenas nove prefeitos.
” Agora, passada a eleição, existe condição de retorno a normalidade. O Governador Riedel quer o apoio do partido e as coisas se encaminham para isto. Então, não existem razões para a manutenção de conflitos”, concluiu.
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