O ex-governador, Reinaldo Azambuja (PSDB), não está para brincadeira. Desde que deixou o cargo de governador e assumiu a presidência do PSDB, tem se dedicado a construir o partido no interior do Estado, já visando a eleição do próximo ano. Foram várias as reuniões, anunciadas na própria rede social, que deixaram dirigentes de outros partidos preocupados. Um deles o PP, presidido pela senadora Tereza Cristina, que hoje tem 21 dos 79 prefeitos de Mato Grosso do Sul.
A reportagem apurou que uma boa parte destes prefeitos, mais precisamente oito, já estaria com as malas prontas para mudar de sigla, embarcando no PSDB de Eduardo Riedel e Reinaldo Azambuja. Preocupada, a senadora tratou de reunir todos os prefeitos do PP com o atual governador nesta segunda-feira (6).
Na conversa formal, tratativas administrativas para liberação de recurso principalmente no Ministério da Agricultura, onde esteve à frente na gestão de Jair Bolsonaro (PL). Algo normal, não fosse um pedido de conversa particular com Riedel e prefeitos.
Tereza não é a única preocupada. O MDB, liderado por André Puccinelli, tratou de se reunir com Eduardo Riedel para uma aproximação. O partido teme uma queda ainda maior no número de prefeitos em Mato Grosso do Sul. Já teve a maioria e hoje sobrevive com nove, sem contar com muita fidelidade.
Na última eleição, o então candidato, André Puccinelli, reclamou da falta de fidelidade do partido, que abandonou sua candidatura para ajudar Eduardo Riedel. Akira Otsubo, prefeito de Bataguassu e amigo de longa data de Puccinelli, foi um dos poucos a permanecer fiel.
O Estado vive hoje uma nova fase na composição de alianças. PT e PSDB, que já foram rivais em Mato Grosso do Sul, vivem uma lua de mel que pode interferir em muitas cidades do interior. Até na Capital a possibilidade de aliança não é descartada, já que hoje o PT não tem um candidato a prefeito. Uma parceria na Capital e no interior já pavimenta outra pretensão petista, de parceria com o PSDB para eleger Vander Loubet (PT) senador em 2026.