1979 — A Censura da Ditadura Militar brasileira começa a apreender discos e impedir a veiculação da música "Pra não Dizer que não Falei das Flores", de Geraldo Vandré.
335 — Atanásio de Alexandria é banido para Tréveris, sob a acusação de ter impedido uma frota de grãos de navegar para Constantinopla.
680 — Início do Sexto Concílio Ecumênico em Constantinopla.
1665 — O London Gazette, o mais antigo jornal do Reino Unido ainda em circulação, é publicado pela primeira vez.
1802 — Primeiros ocidentais pisam no Atol Palmyra, nas Espórades Equatoriais.
1811 — Guerra de Tecumseh: a Batalha de Tippecanoe é travada perto da atual Battle Ground, Indiana, Estados Unidos.
1837 — Eclode a revolta da Sabinada na Bahia, Brasil.
1848 — Início da Revolução Praieira em Pernambuco, Brasil.
1874 — Primeira publicação em jornal do símbolo do Partido Republicano norte-americano: o elefante.
1910 — Primeiro voo comercial dos Irmãos Wright (veja também História da aviação).
1917 — Primeira Guerra Mundial: término da Terceira batalha de Gaza: forças britânicas capturam Gaza do Império Otomano.
1918 — A Gripe espanhola de 1918 se espalha para Samoa Ocidental, matando 7 542 pessoas (cerca de 20% da população) até o final do ano.
1920 — O Patriarca Tikhon I de Moscou emite um decreto que leva à formação da Igreja Ortodoxa Russa no Exterior.
1929 — Na cidade de Nova Iorque, o Museu de Arte Moderna é aberto ao público.
1931 — A República Soviética da China é proclamada no aniversário da Revolução de Outubro.
1940 — Em Tacoma, Washington, a Ponte de Tacoma Narrows original desaba em um vendaval, apenas quatro meses após sua inauguração.
1945 — A União Sul-Africana (atual República da África do Sul) e os Estados Unidos Mexicanos são admitidos como Estados-membros das Nações Unidas.
1949 — O primeiro petróleo é recolhido em Oil Rocks (Neft Daşları), a mais antiga plataforma petrolífera em alto mar a operar no mundo.
1956 - Crise de Suez: a Assembleia Geral das Nações Unidas adota uma resolução pedindo que o Reino Unido, a França e Israel retirem imediatamente suas tropas do Egito.
Revolução Húngara: János Kádár retorna a Budapeste em um comboio blindado soviético, assumindo oficialmente o cargo de próximo líder húngaro. A essa altura, a maior parte da resistência armada foi derrotada.
1968 — Inaugurada a nova sede do Museu de Arte de São Paulo (MASP) na Avenida Paulista.
1975 — Em Bangladesh, uma força conjunta de civis e soldados participa de uma revolta liderada pelo coronel Abu Taher que destitui e mata o brigadeiro Khaled Mosharraf, libertando o então chefe do exército em prisão domiciliar e futuro presidente, o major-general Ziaur Rahman.
1979 — A Censura da Ditadura Militar brasileira começa a apreender discos e impedir a veiculação da música “Pra não Dizer que não Falei das Flores”, de Geraldo Vandré.
1996 — Lançada a sonda Mars Global Surveyor em direção a Marte.
2007 — Tiroteio na Escola Secundária de Jokela em Tuusula, Finlândia, resultando na morte de nove pessoas.
2012 — Um sismo na costa do Pacífico da Guatemala mata pelo menos 52 pessoas.
Em 2 de abril de 1964, os militares, apoiados pelos Estados Unidos, derrubaram o governo de João Goulart e tomaram o poder. Estava instaurada a Ditadura Militar no Brasil. Milhares de pessoas foram agredidas, torturadas e assassinadas. Outras milhares desapareceram. Sob o pretexto de redemocratizar o país, limpando-o da escória, como comunistas e outros seres pensantes (possíveis ameaças à ditadura), inaugurou-se um período de terror (e vergonha) nas terras tupiniquins.
Um grupo que se destacou na luta contra a opressão foi o dos artistas: atores, músicos, cineastas, artistas plásticos, poetas, escritores… Cada um contribuía com o que melhor sabia fazer, questionando os fatos e informando a população, apesar de censurados pelos órgãos opressores. E, como bons artistas, os músicos populares brasileiros descreveram os horrores da ditadura nos mínimos detalhes. Descrições que perpetuam até os dias atuais, trazendo à tona toda a covardia aplicada contra nosso povo, e que não nos deixam esquecer todas as atrocidades cometidas contra nosso país.
Na década de 60, a censura tentou calar quem tinha algo a falar. Mas alguns músicos acharam uma brecha e deixaram para a posteridade seu pesar. Um dos mais ilustres artistas militantes foi Chico Buarque. Junto com outro grande músico, Gilberto Gil, compuseram uma música que reflete bem a situação da época. “Cálice” traz referências ao Santo Cálice de Cristo e a uma passagem bíblica (Pai, afasta de mim esse cálice, de vinho tinto de sangue), mas é uma metáfora com o verbo “calar”. Foi a forma que os músicos acharam de dizer ao mundo que a liberdade de expressão estava caçada no Brasil.
Outro grande expoente do período foi o músico Geraldo Vandré. Geraldo compôs “Pra não dizer que não falei das flores”, um hino contra a ditadura. Nessa canção, Geraldo enfatizava as injustiças (pelos campos há fome em grandes plantações), destacava a presença do exército nas ruas (Há soldados armados, amados ou não) e convocava as pessoas para se unirem na luta contra a ditadura (Vem, vamos embora que esperar não é saber. Quem sabe faz a hora, não espera acontecer). Geraldo foi preso, torturado e exilado, mas “Caminhando” (como ficou popularmente conhecida) é um clássico da música popular brasileira e, com certeza, deve incomodar até hoje. A “flor” da canção é uma referência ao movimento “Flower Power” que surgiu nos Estados Unidos. Pregava a não violência contra os povos e foi teorizado depois da Guerra do Vietnã em 1959.
Em 1979, João Bosco e Aldir Blanc compuseram “O bêbado e a equilibrista”, que fala sobre os exilados. É um retrato do Brasil no final do período ditatorial, com mães chorando (Choram Marias e Clarisses) pela falta de seus filhos, os “Carlitos” tentando sobreviver (alusão a um personagem de Charles Chaplin. Representa a população que, mesmo oprimida, ainda consegue manter o bom humor) e a equilibrista (nossa esperança, se equilibrando e sobrevivendo).
Várias outras músicas também confrontaram o regime militar. “Panis et Circenses” (de Caetano e Gil), “Apesar de você” (Chico Buarque) e “Cartomante” (de Ivan Lins e Victor Martins).
Em 1985 foi eleito o primeiro presidente pelo colégio eleitoral. Tancredo Neves nem chegou a assumir. Em 21 de abril de 1985, faleceu de diverticulite, uma inflamação dos divertículos presentes no intestino grosso. Há quem diga que Tancredo foi envenenado por militares, descontentes com o fim da ditadura, mas é só especulação. Seu vice, José Sarney, assumiu. Depois, em 1989, foi eleito o primeiro presidente pelo voto popular: Fernando Collor de Melo.
Publicado por Demercino José Silva Júnior