Filiados a partidos adversários, Camila Jara (PT) e Rafael Tavares (PL) vivem situação parecida na tentativa de emplacar uma candidatura à Prefeitura de Campo Grande. Os dois lutam contra o assédio de outros candidatos, que hoje pontuam nas pesquisas.

Camila tem como pedra no sapato a pré-candidata do União Brasil, Rose Modesto, preferida de parte das lideranças do partido. Rose lidera as pesquisas divulgadas até o momento. Nomeada no governo Lula, ela ganhou a simpatia de parte da militância, que defende apoio à candidatura dela, levando em conta principalmente as pesquisas, que apontam pouca intenção de voto em Camila até o momento.

Já Rafael Tavares tem como concorrente a prefeita Adriane Lopes (PP), que aparece melhor nas pesquisas e tem a máquina da Prefeitura de Campo Grande nas mãos. Embora tenha a preferência dos presidentes do partido, Tavares tem como forte adversária a senadora Tereza Cristina, que lidera a investida para que Jair Bolsonaro e Waldemar da Costa Neto obriguem o PL a apoiar o PP.

Ciente da investida do PP, Tavares aposta pesado na divulgação da candidatura, com participação frequente em programas de rádio, investimento em rede social e até adesivos em carros. A expectativa é de que uma melhora nas pesquisas afaste o fantasma do PP.

Camila, por sua vez, não parece tão preocupada com a possibilidade de aliança. Ela não afirma que aceitou a derrota, mas se comparada com os outros pré-candidatos, está longe de ser a mais efetiva na pré-campanha.

Enquanto Rose Modesto e Beto Pereira, por exemplo, percorrem bairros de Campo Grande com projetos de ouvir demandas da população e, ao mesmo tempo, se apresentarem como candidatos, Camila cumpre agendas do mandato fora do País.  

Apesar da força de Bolsonaro e Lula, PL e PT vivem situação semelhante em Mato Grosso do Sul quando o assunto é a quantidade de prefeitos. Os dois partidos não repetem o sucesso nacional e têm apenas um prefeito, cada, em Mato Grosso do Sul., e até o momento anunciaram pré-candidatura em, aproximadamente, 15 municípios. Número muito inferior, por exemplo, ao PSDB, que deve ter mais de 50 candidatos a prefeitos no Estado.