O ex-policial militar Dijavan Batista dos Santos enfrentará um júri popular por ter assassinado o bioquímico Julio Cesar Cerveira Filho, de 43 anos. A decisão foi divulgada nesta quinta-feira (14), mais de três anos e meio após a ocorrência do crime.


O homicídio ocorreu em 8 de julho de 2019, em uma das salas de cinema do Shopping Avenida Center, localizado em Dourados. Dijavan disparou contra a vítima, com quem havia discutido minutos antes do início do filme "Homem-Aranha: Longe de Casa" devido a uma disputa por um assento.


O ex-policial é acusado de homicídio qualificado, praticado em local que possa representar perigo comum (o cinema, frequentado por várias pessoas) e de forma a dificultar ou tornar impossível a defesa da vítima. A decisão que determinou o julgamento afirma que o acusado não está atualmente detido e não há razões para alterar essa situação. As partes envolvidas no caso têm cinco dias para apresentar à Justiça uma lista de até cinco testemunhas para depoimento em plenário.


Além do homicídio, Dijavan também foi denunciado por portar ilegalmente uma arma sem registro, recebida como presente de seu pai. A arma em questão era uma pistola Smith & Wesson, calibre 40.


Quanto à prisão do réu, beneficiado por um habeas corpus do Tribunal de Justiça, Dijavan permaneceu detido por poucos dias. Na época, foi decidido que ele cumpriria serviço no setor administrativo da Polícia Militar Ambiental (PMA), localizado a menos de 200 metros do local do crime. Após o expediente, era obrigado a permanecer em prisão domiciliar.


O Ministério Público de Mato Grosso do Sul denunciou o réu, solicitando que o caso fosse a júri popular. A denúncia foi aceita pela 3ª Vara Criminal de Dourados.