A produção do milho safrinha encerra o ano de 2023 com mais um recorde atingido em comparação a safra do ano passado. Com a produção de 14,2 milhões de toneladas em 2,3 milhões de hectares, a segunda safra é a maior dos últimos 10 anos no Estado. Os dados foram divulgados hoje (11), pela Famasul e Aprosoja/MS.


A produção média foi de 128,6 sc/ha na região norte, que representa 11% da área acompanhada; 100,1 sc/ha na região centro, equivalente a 21% do total acompanhado e 96,2 sc/ha na região sul, que corresponde a 68% do total acompanhado pelo projeto SIGA/MS.


Em comparação com a 2ª safra de 2021/2022, a 2ª safra 2022/2023 apresentou um acréscimo de três semanas. No entanto, em análise histórica dos últimos dez anos, a atual safra aumentou 49,8% na área plantada, 81,3% na produção e 21,0% na produtividade se comparada a 2ª safra 2012/2013.


O resultado favorável foi obtido, segundo o secretário de Estado de Meio Ambiente, Jaime Verruck por uma junção de fatores.



“A boa quantidade de chuvas em períodos decisivos foi primordial para o desenvolvimento da cultura, além do uso de mais tecnologias no plantio e desenvolvimento, que vão de técnicas como uso de agentes biológicos até os sistemas de consórcio”, ponderouVerruck.


Já para o presidente da Famasul, Marcelo Bertoni, a safra é o resultado de um trabalho persistente no campo, mesmo com todos os desafios enfrentados, como o cenário econômico difícil para o produtor rural.


"O produtor vem tendo a resiliência necessária para encontrar caminhos que o levem a este crescimento produtivo diante das adversidades. A chegada de indústrias de etanol de milho também têm ajudado a alavancar a produção em Mato Grosso do Sul e isso tem sido um grande estimulo para o produtor seguir em frente. E ele tem conseguido, resultado disso, esta safra recorde", observou Bertoni.


Por fim, o presidente da Aprosoja/MS, Andre Dobashi, reforçou que a cultura deixou de ser considerada como safrinha e tem apresentado resultados cada vez mais expressivos.


“Apesar do atraso na implantação das áreas, em função do encerramento tardio da colheita da soja, ocasionado por questões climáticas; o ciclo do milho foi beneficiado pela ocorrência de chuvas nos períodos de maior demanda da cultura, fator que, aliado com a biotecnologia empregada e manejo assertivo adotados pelos produtores, resultou em uma produtividade média significativa para o estado”, afirmou Dobashi.

Ranking dos municípios

O ranking dos cinco munícipios com maior produtividade da cultura foi ocupado por:


Alcinopólis, com 156,2 sc/ha;

Chapadão do Sul e Costa Rica, com 143,9 sc/ha;

Figueirão, com 135 sc/ha;

Santa Rita do Pardo, com 132,2 sc/ha.

Além desses, os municípios de Paranaíba, São Gabriel do Oeste, Coxim, Ribas do Rio Pardo, Rio Negro, Paraíso das Águas, Cassilândia, Aral Moreira, Aparecida do Taboado, Douradina, Sonora, Rio Brilhante, Maracaju, Corumbá, Dourados, Laguna Carapã, Bandeirantes, Camapuã e Anastácio também tiveram a produtividade acima da média estadual.


Sobre a pesquisa

O levantamento foi realizado entre os dias 26 de junho e 16 de novembro, pelo Projeto de Sistemas de Informações Geográficas do Agronegócio de MS (SIGA-MS) da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), em parceria com a Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (APROSOJA-MS) e Famasul.


O projeto Siga/MS efetuou o levantamento de dados da produtividade do milho 2ª safra, por meio de uma equipe técnica de campo da Aprosoja/MS, que visitou 1,028 milhão de hectares, amostrou 1,039 propriedades, durante 18 semanas de acompanhamento.