Os três assessores do deputado Neno Razuk (PL), detidos durante operação do Gaeco nesta semana, foram exonerados da Assembleia Legislativa.O Diário Oficial desta quinta-feira traz a exoneração de Manoel José Ribeiro, Gilberto Luiz dos Santos e Diego Souza Nunes.


O Ministério Público de Mato Grosso do Sul, por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), deflagrou, na terça-feira (5), a Operação Successione.


Foram cumpridos 10 mandados de prisão temporária e 13 mandados de busca e apreensão nas cidades de Campo Grande/MS e Ponta Porã/MS. Entre os alvos, o deputado Neno Razuk, quatro assessores parlamentares (entre os quais dois são policiais militares da reserva) e outras oito pessoas vinculadas à organização criminosa.


O Gaeco, com apoio do Garras, tenta combater uma organização criminosa responsável por diversos roubos praticados mediante o emprego de arma de fogo e em concurso de agentes, em plena luz do dia e na presença de outras pessoas, em Campo Grande/MS.Segundo a investigação, tudo no contexto de disputa pelo monopólio do jogo do bicho local.


As investigações constataram, ainda, que a organização criminosa tem grave penetração nos órgãos de segurança pública e conta com policiais para o desempenho de suas atividades, revelando-se, portanto, dotada de especial periculosidade.


O nome da operação faz alusão à disputa pela sucessão do controle do “jogo do bicho” em Campo Grande, com a chegada de outros grupos criminosos que migraram para a capital após a “Operação Omertà”.


Deputado negou envolvimento


O deputado confirmou que recebeu visita da polícia, quando levaram dois aparelhos celulares, computador e uma arma, que ele afirmou ser registrada. Entretanto, alegou inocência.“Uma injustiça ter sido acordado desta maneira pela manhã. Não tenho nada a ver com jogo de bicho em Campo Grande, nenhuma banca, nem nada. Estão Querendo jogar nas minhas costas”, declarou.


Neno afirmou que os mandados foram autorizados por um juiz de primeira instância, mas diz confiar na justiça, porque tem certeza de sua inocência.Sobre os outros assessores, que também foram alvos, o deputado disse que ainda não teve acesso à investigação.


“Se querem procurar, deveriam procurar em outro lugar. Meu trabalho em Campo Grande é político, e social. Espero o desenrolar da operação para saber realmente o que está acontecendo”, ponderou.O deputado finalizou criticando as operações que acontecem e depois acabam revelando que as pessoas eram inocentes, mas sem a mesma repercussão.