O ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, volta à cena política neste mês de março, quando deve assumir a presidência municipal do PSD. Ele já havia anunciado no início do ano que assumiria o partido, o que deve se concretizar, segundo ele, agora em março.


Marquinhos tem como desafio manter a bancada do PSD na Câmara. O partido tem a maior bancada na Capital, com oito vereadores, mas muitos já declararam desejo de deixar a sigla na primeira janela que abrir.


Indagado sobre essa possível debandada, Marquinhos afirmou que não há motivos para saída dos vereadores. “Não há porquê saírem do partido. O PSD os acolheu de maneira democrática e ideológica. Qual seria o motivo de uma ruptura? Vamos manter o PSD de forma coesa e com conteúdo programático para trabalhar por Campo Grande”, declarou.


O ex-prefeito tem como objetivo garantir nomes qualificados para a chapa de vereadores e defende apoio à reeleição da prefeita Adriane Lopes (Patriota), que foi vice nas duas eleições e assumiu a prefeitura após renúncia dele para disputa ao Governo do Estado.


“Vamos ouvir a todos sobre candidatura própria e decidiremos coletivamente. Tenho apreço pela Adriane e jamais escondi isso. Todavia, não escolho sozinho e os vereadores e filiados terão voz ativa nesta escolha”, assegurou.


Recentemente, o líder do PSD na Câmara, vereador Coringa, defendeu candidatura própria do partido na eleição do ano que vem. Ele, inclusive, é um dos vereadores que demonstraram vontade de deixar a legenda, criticando a falta de organização e união do partido após a derrota de Marquinhos no Governo do Estado.


O PSD estadual é comandado pelo senador Nelsinho Trad, que ultimamente também não vive boa fase na legenda. Ele perdeu a liderança do partido no Senado e votou contra a candidatura de Rodrigo Pacheco, do PSD, ao Senado. A atitude, inclusive, levantou suspeita de que ele poderia deixar a sigla, o que por enquanto não se confirmou.