A Rota Bioceânica, que encurta em 17 dias a viagem de mercadorias entre Mato Grosso do Sul e a Ásia, tem previsão de ficar pronta em até três anos, mas municípios sul-mato-grossenses já colhem resultados dos investimentos. A partir desta quinta-feira (dia 26), a Assembleia Legislativa sedia o “1º Fórum Integração dos Municípios do Corredor Bioceânico”.

De acordo com o ministro da carreira diplomática do Ministério das Relações Exteriores, João Carlos Parkinson, a expectativa é de que as obras sejam concluídas em até três anos.

“O momento é importante para o Estado, que está acolhendo governadores e empresários estrangeiros. Valorizando os parceiros paraguaios, chilenos e argentinos. A rota significa novo motor de crescimento para o Estado, trazendo mais empregos, investimentos nacionais e internacionais. Além da logística que vai trazer portos secos e armazéns”, diz o ministro. 

"A rota significa novo motor de crescimento para o Estado", diz João Carlos Parkinson. (Foto: Marcos Maluf)
"A rota significa novo motor de crescimento para o Estado", diz João Carlos Parkinson. (Foto: Marcos Maluf)

O prefeito de Porto Murtinho, Nelson Cintra (PSDB), afirma que o projeto de integração já movimenta a economia do município, que faz fronteira com o Paraguai. No mês de dezembro, foi lançada a pedra fundamental da ponte que vai ligar Mato Grosso do Sul e a cidade paraguaia de Carmelo Peralta. Atualmente, a travessia do Rio Paraguai é com embarcações. 

“Porto Murtinho foi muito agraciada e está se estruturando com apoio da bancada federal e do governo estadual. Será um desenvolvimento brutal com os grandes investimentos que vão chegar”, afirma Cintra. 

Ainda de acordo com o prefeito, a estimativa é de que mil trabalhadores sejam empregados na construção da ponte. Cintra destaca que o efeito positivo se irradia por cidades vizinhas, como Jardim, Bonito, Bela Vista e Nioaque. 

"Será um desenvolvimento brutal", afirma o prefeito Nelson Cintra. (Foto: Marcos Maluf)
"Será um desenvolvimento brutal", afirma o prefeito Nelson Cintra. (Foto: Marcos Maluf)

“A rota é importante para a região sudoeste do Estado. Bela Vista fica a 180 km de Porto Murtinho e vive o crescimento. Toda a economia do Estado será beneficiada. O comércio vai aumentar as vendas e o agronegócio vai aumentar a sua força”, afirma o prefeito de Bela Vista, Reinaldo Piti (PSDB). 

O seminário sobre a Rota Bioceânica acontece até amanhã em Campo Grande. O evento debate efeitos do projeto em vários campos, como Economia e Direito. 

O corredor rodoviário incluirá diretamente oito municípios (Porto Murtinho, Jardim, Caracol, Bela Vista, Guia Lopes da Laguna, Nioaque, Sidrolândia e Campo Grande) e interferirá nas atividades de outros 15 (Nova Alvorada, Terenos, Jaraguari, Bandeirantes, Ribas do Rio Pardo, Aquidauana, Anastácio, Dois irmãos do Buriti, Bonito, Ponta Porã, Dourados, Rio Brilhante, Maracaju, Itaporã e Antônio João).  

A Rota Bioceânica passa pelo Brasil, Paraguai, Argentina e Chile. Dos portos chilenos, as exportações vão partir em direção à China, principal parceiro econômico de Mato Grosso do Sul. 

"O comércio vai aumentar as vendas e o agronegócio vai aumentar a sua força", diz Reinaldo Piti. (Foto: Marcos Maluf)
"O comércio vai aumentar as vendas e o agronegócio vai aumentar a sua força", diz Reinaldo Piti. (Foto: Marcos Maluf)

A programação  do “1º Fórum Integração dos Municípios do Corredor Bioceânico” será transmitida por meio do canal 9 da Claro Net TV, TV ALEMS, YouTube, Facebook, Rádio ALEMS e aplicativo Assembleia MS (Android/iOS) e termina às 20h da sexta-feira.


Por: Jonny Dutra